quinta-feira, 17 de junho de 2010

Intelectuais ou professores?
A criação dos primeiros cursos de História no país já apontava os desafios do ensino universitário nesta área
Marieta de Moraes Ferreira

Hoje, um dos grandes desafios brasileiros é ter uma educação de qualidade. Mas o que fazer para formar bons professores? Desde a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, vem sendo exigida a ampliação da carga horária das disciplinas pedagógicas (Didática, Psicologia da Educação e Sociologia da Educação) nos cursos de licenciatura. Entre os historiadores, o debate sobre o formato ideal dessas aulas não é tão recente assim. Já na década de 1930, um dos primeiros cursos de História do país, criado na Universidade do Distrito Federal (UDF), tentava equilibrar as atividades de ensino e pesquisa, e logo se tornou modelo para outros centros espalhados pelo Brasil.

Inaugurada no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1935, por iniciativa do prefeito Pedro Ernesto (1931-1934 e 1935-1936) e do inspetor de Educação Anísio Teixeira (1900-1971), a universidade tinha uma proposta bem original: defendia a educação pública, laica e gratuita, e encorajava a pesquisa científica, literária e artística. De acordo com seus estatutos, o objetivo principal era “propagar as aquisições da ciência e das artes através do ensino regular de suas escolas e dos cursos populares”. Mais do que formar apenas professores de História, buscava preparar “quadros intelectuais” que fossem capazes de elaborar políticas públicas para o desenvolvimento cultural e educacional do país. (...)

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Fonte: rhbn.com.br

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