quinta-feira, 18 de junho de 2020

Sistema colonial: Exercícios (Parte 2)

Nessa segunda parte dos exercícios sobre o sistema colonial temos os seguintes temas:
- Mineração;
- entradas e bandeiras;
- Barroco

No link abaixo vocês encontraram o vídeo e os slides sobre a explicação das atividades;
https://artigosdehistoria.blogspot.com/2020/05/sistema-e-economia-colonial-parte-2.html

No final da atividade tem o vídeo com a explicação das questões.

bons estudos!


1 - (UNESP) "Nossa milícia, Senhor, é diferente da regular que se observa em todo o mundo. Primeiramente nossas tropas com que vamos à conquista do gentio bravo desse vastíssimo sertão não é de gente matriculada no livro de Vossa Majestade, nem obrigada por soldo, nem por pagamento de munição." (Carta de Domingos Jorge Velho ao rei de Portugal, em 1694.)
De acordo com o autor da Carta, pode-se afirmar que
a) os bandeirantes possuíam tropas de mercenários, pagas pela metrópole, com o objetivo de exterminar indígenas.
b) havia proibição oficial de capturar índios para a escravização e os bandeirantes pretendiam evitar ser punidos pelos colonos e pelos espanhóis.
c) os exércitos portugueses, organizados na colônia, tinham a particularidade de serem compostos por indígenas especializados em destruir quilombos.
d) algumas tribos indígenas ameaçavam a segurança dos colonos e as bandeiras eram tropas encarregadas de transportar os nativos para as reduções religiosas.
e) muitas das bandeiras paulistas eram constituídas por exércitos particulares, especializados em exterminar e capturar indígenas para serem escravizados.
2 - (Univali-SC) As expedições chamadas de Entradas e Bandeiras tinham como objetivo a procura de riquezas minerais e/ou a caça ao índio para escravizá-lo e vendê-lo no litoral. O papel histórico das Entradas e Bandeiras pode ser assim resumido:
a) Proporcionaram a ocupação do interior do Brasil e foram um dos elementos responsáveis pela expansão do território brasileiro.
b) Contribuíram para a implantação de uma nova política colonizadora, aproximando índios e colonos.
c) Iniciaram aproveitamento verdadeiro das terras agrícolas do oeste mudando a situação econômica da Colônia.
d) Por razões políticas e econômicas, contribuíram para a mudança da capital do Vice-Reino do Rio de Janeiro para a Bahia.
e) Respeitaram o Meridiano de Tordesilhas, evitando, assim, conflitos armados entre portugueses e espanhóis.
3 - Um dos principais bandeirantes paulistas foi Bartolomeu Bueno da Silva (filho), conhecido como Anhanguera. O principal feito de Anhanguera foi:
a) extinguir os últimos representantes da tribo tapajós.
b) derrotar os holandeses na segunda batalha dos montes Guararapes.
c) colonizar a região do extremo norte-nordeste, ao longo do rio Parnaíba, onde hoje se localiza o estado do Piauí.
d) colonizar a região do Brasil Central, onde hoje se localizam Goiás e Tocantins.
e) destruir o Quilombo dos Palmares, em Pernambuco.
4 - (UFU) A atividade bandeirante marcou a atuação dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os séculos XVI e XVIII. A esse respeito, assinale a alternativa correta:
a) Buscando capturar o índio para utilizá-lo como mão de obra, ou para descobrir minas de metais e pedras preciosas, o chamado bandeirismo apresador e o prospector foram importantes para a ampliação dos limites geográficos do Brasil colonial.
b) As bandeiras eram empresas organizadas e mantidas pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e povoar o interior da colônia, assim como garantir, efetivamente, a posse e o domínio do território.
c) As chamadas bandeiras apresadoras tinham uma organização interna militarizada e eram compostas exclusivamente por homens brancos, chefiados por uma autoridade militar da Coroa.
d) O que explicou o impulso do bandeirismo do século XVII foi a assinatura do tratado de fronteiras com a Espanha, que redefiniu a linha de Tordesilhas e abriu as regiões de Mato Grosso até o Rio Grande do Sul, possibilitando a conquista e a exploração portuguesa.
e) Derivado da bandeira de apresamento, o sertanismo de contrato era uma empresa particular, organizada com o objetivo de pesquisar indícios de riquezas minerais, especialmente nas regiões de Mato Grosso e Minas Gerais.
5 - (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.
6 - (FUVEST – SP) A exploração dos metais preciosos encontrados na América Portuguesa, no final do século XVII, trouxe importantes consequências tanto para a colônia quanto para a metrópole. Entre elas podemos destacar:
a) o intervencionismo regulador metropolitano na região das Minas, o desaparecimento da produção açucareira do Nordeste e a instalação do Tribunal da Inquisição na capitania.
b) a solução temporária de problemas financeiros em Portugal, alguma articulação entre áreas distantes da colônia e o deslocamento de seu eixo administrativo para o centro-sul.
c) a separação e autonomia da capitania das Minas Gerais, a concessão do monopólio da extração dos metais aos paulistas e a proliferação da profissão de ourives.
d) a proibição do ingresso de ordens religiosas em Minas Gerais, o enriquecimento generalizado da população e o êxito no controle do contrabando.
e) o incentivo da Coroa à produção das artes, o afrouxamento do sistema de arrecadação de impostos e a importação dos produtos para a subsistência diretamente da metrópole.
7 - (UFCE) Leia o trecho abaixo.
"Na mineração, como de resto em qualquer atividade primordial da colônia, a força de trabalho era basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios ocupados pelo trabalho livre ou semi-livre." (Souza, Laura de M. Desclassificados do Ouro: pobreza mineira no século XVIII. 3 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1990, p.68)
Com base neste trecho sobre o trabalho livre praticado nas áreas mineradoras do Brasil Colônia, é correto afirmar que:
a) devido à abundância de escravos no período do apogeu da mineração, os homens livres conseguiam viver exclusivamente do comércio de ouro.
b) em função da riqueza geral proporcionada pelo ouro, os homens livres dedicavam-se à agricultura comercial, vivendo com relativo conforto nas fazendas.
c) perseguidos pela Igreja e pela Coroa, os homens livres procuravam sobreviver às custas da mendicância e da caridade pública.
d) sem condições de competir com as grandes empresas mineradoras, os homens livres dedicavam-se à "faiscagem" e à agricultura de subsistência.
e) em função de sua educação, os homens livres conseguiam trabalho especializado nas grandes empresas mineradoras, obtendo confortáveis condições de vida.
8 - A atividade mineradora no Brasil concentrou-se, sobretudo, na região de Minas Gerais, onde foram construídas vilas e cidades como Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Em cidades como essas, é possível ver até hoje os reflexos da vida social e cultural que surgiu em torno da mineração. Em termos artísticos, podemos dizer que o gênero de arte largamente praticado em Minas, na época da Mineração, foi:
a) o barroco
b) o realismo
c) o dadaísmo
d) o surrealismo
e) o expressionismo abstrato
9 - (UFES) A expansão do ouro aparentemente simples atraiu milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada passou de 300 000 habitantes em 1690 para 2 500 000 em 1780. Metade desse aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando essas afirmações, pode-se afirmar que:
a) O denominado “ciclo do ouro” possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e, assim, contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa.
b) A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade agrária de subsistência, propiciando reconhecida autossuficiência que inibiu qualquer tipo de polarização.
c) O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada Real, impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e diamantes.
d) O denominado “ciclo do ouro” ocasionou uma espécie de atração centrífuga, pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final do século XVII.
e) A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas, possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais.
10 - (Unesp) "E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras". (André João Antonil. "Cultura e opulência do Brasil", 1711.)
No trecho transcrito, o autor denuncia:
a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e mineradores ingleses.
11 - (UFMG) Leia o trecho de documento. “Senhor. Sendo como é a obrigação a primeira virtude, porque importa pouco zelar cada um o seu patrimônio, e descuidar-se da utilidade alheia quando lhe está recomendada, se nos faz preciso representar a Vossa Majestade a opressão universal dos moradores destas Minas involuta no arbítrio atual de se cobrarem os [impostos] de Vossa Majestade devidos, podendo ser pagos com alguma suavidade de outra forma sem diminuição do que por direito está Vossa Majestade recebendo, na consideração de que sejam lícitos os fins se devem abraçar os meios mais toleráveis..”. (REPRESENTAÇÃO DO SENADO DA CÂMARA DE VILA RICA AO REI DE PORTUGAL, 26 de dezembro de 1742). Nesse trecho, os oficiais da Câmara de Vila Rica estão-se referindo à cobrança do
a) dízimo eclesiástico, imposto que incidia sobre os diamantes extraídos no Distrito Diamantino.
b) foro enfitêutico, tributo cobrado proporcionalmente à extensão das sesmarias dos mineradores.
c) quinto do ouro, imposto cobrado por meio da capitação, que taxava também outras atividades econômicas.
d) subsídio voluntário, destinado a cobrir as despesas pessoais do Rei de Portugal.


"A experiência do ouro perdido em Minas Gerais – 'ouro branco, ouro negro, ouro podre', escreveu o poeta Manuel Bandeira –, como se sabe, não serviu para nada: o Brasil continua se desfazendo gratuitamente de suas fontes naturais de desenvolvimento."
Eduardo Galeno

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