quarta-feira, 10 de junho de 2020

Atividade sobre a Formação das Monarquias Nacionais e o Absolutismo

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Exercícios em slide link

Explicação dos exercícios em vídeo, sendo que no final do vídeo tem o gabarito!

bons estudos!


     
1 - (Cesgranrio) A frase de Luiz XIV, "L'Etat c'est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:
a) a unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);
b) a superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida;
c) a submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais;
d) a centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos;
e) o desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o campesinato.
2 - (FUVEST) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser identificados os seguintes aspectos:
a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno.
b) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja.
c) desagregação do feudalismo e centralização política.
d) diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial.
e) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja.
3 - (Mackenzie) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que:
a) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado.
b) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política.
c) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro.
d) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor...
e) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder.
4 - (Puccamp) Como características gerais dos Estados Modernos, que se organizavam na Europa Ocidental no período que vai do século XV ao XVIII, pode-se mencionar entre outros, a
a) consolidação da burguesia industrial no poder e a descentralização administrativa.
b) centralização e unificação administrativa, bem como o desenvolvimento do mercantilismo.
c) confirmação das obrigações feudais e o estímulo à produção urbano-industrial.
d) superação das relações feudais e a não intervenção na economia.
e) consolidação do localismo político e a montagem de um exército nacional.
5 - (Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques Bossuet.)
Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto
a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.
b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal.
c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta.
d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.
e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela.
6 -  (Unirio)
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
(BANDEIRA, Manoel. "Vou-me embora pra Pasárgada". In: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA E OUTROS POEMAS. Rio de Janeiro, Ediouro, 1997.)
O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos amigos do rei podem ser comparados à situação da nobreza europeia com a formação das Monarquias Nacionais Modernas. A razão fundamental do apoio que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter-se "amiga" do mesmo, conservando inúmeras regalias, pode ser explicada pela (o):
a) composição de um corpo burocrático que absorve a nobreza, tornando esse segmento autônomo em relação às atividades agrícolas que são assumidas pelo capital mercantil.
b) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária, obstaculizando o desenvolvimento das atividades comerciais.
c) manutenção de forças militares locais que atuaram como verdadeiras milícias aristocráticas na repressão aos levantes camponeses.
d) repressão que as monarquias empreenderiam às revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no meio rural em proveito da aristocracia agrária.
e) completo restabelecimento das relações feudo-vassálicas, freando temporariamente o processo de assalariamento da mão-de-obra e de entrada do capital mercantil no campo.
7 - (UNESP) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua vontade aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem." (André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA.)
Esta é uma das caracterizações possíveis
a) dos governos coloniais da América.
b) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.
c) do Império Carolíngio.
d) dos califados islâmicos.
e) das monarquias absolutistas.
8 - (UNICAMP - adaptado) - A respeito do Estado moderno, o pensador político inglês, John Locke (1632 - 1704) escreveu: "Considero poder político o direito de fazer leis para regular e preservar a propriedade." (Citado por Kazumi MUNAKATA, A legislação trabalhista no Brasil, 1984)
John Locke pode ser considerado um pensador que defendia o sistema político:
a) Feudal;
b) Social;
c) Democrático;
d) Absoluto;
e) Republicano;
9 - (UNESP/SP) - A respeito da formação das monarquias nacionais europeias na passagem da Idade Média para a Época Moderna, é correto afirmar que:
a) o poder político dos monarcas firmou-se graças ao apoio da nobreza, ameaçada pela força crescente da burguesia;
b) a expansão muçulmana e o domínio do Mar Mediterrâneo pelos árabes favoreceram a centralização;
c) uma das limitações mais sérias dos soberanos era a proibição de organizarem exércitos profissionais;
d) o poder real firmou-se contra a influência do Papa e o ideal de unidade cristã, dominante no Período Medieval;
e) a ação efetiva dos monarcas dependia da concordância dos principais suseranos do reino.
10 -  (PUCRS) - Dentre os vários meios desenvolvidos nos Estados nacionais modernos para garantir o poder das monarquias não se pode citar a adoção de:
a) leis e justiças unificadas.
b) força militar permanente.
c) sistema tributário.
d) universalismo religioso da igreja católica.
e) burocracia administrativa.
11 – (BrasilEscola) Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A formação desses dois Estados, que se localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:
a) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.
b) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.
c) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.
d) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.
e) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.
12 - O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), autor de “O Leviatã”, acreditava que a violência generalizada de todos contra todos era a regra geral da política e que, para conter tal violência intestina, era necessária a força de um poder político centralizador e autoritário. Podemos dizer que Hobbes pensava dessa forma sobretudo porque:
a) não concordava com as ideias liberais de Adam Smith.
b) não concordava com as ideias contratualistas de Jean-Jacques Rousseau.
c) vivia na época das Guerras Civis Religiosas.
d) vivia na época do Terror Revolucionário francês.
e) não concordava com o neocontratualismo de John Rawls.
13 - (Fuvest) “É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados.” (Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.
14 - (ENEM 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles:
a) entravam em conflito.
b) recorriam aos clérigos.
c) consultavam os anciãos.
d) apelavam aos governantes.
e) exerciam a solidariedade.
15 - (UNB/PAS) leia o fragmento de texto a seguir
Não deve ser, portanto, crédulo o Príncipe, nem
precipitado, e não deve amedrontar a si próprio, e proceder
equilibradamente, com prudência e humanidade, de modo que
4 a confiança demasiada não o torne incauto e a desconfiança
excessiva não o faça intolerável.
Nasce daí esta questão debatida: será melhor ser
7 amado que temido, ou vice-versa. Responder-se-á que se
desejaria ser uma e outra coisa; mas, como é difícil reunir, ao
mesmo tempo, as qualidades que dão aqueles resultados, é
10 muito mais seguro ser temido que amado, quando se tenha de
falhar em uma das duas.
Maquiavel. O príncipe. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2010, p. 38.
Considerando a obra O Príncipe, de Maquiavel, e o fragmento acima, dela extraído, julgue os itens subsequentes.
a) Conforme propõe Maquiavel, o príncipe deve ser temido quando executa atos de violência em benefício próprio.
b) Segundo Maquiavel, o príncipe amado é uma prova de fraqueza no exercício do poder.
c) A obra O Príncipe insere-se no contexto de transformação histórica que, na Europa do início da Idade Moderna, conduziu à consolidação dos Estados nacionais e dos regimes absolutistas.
d) A centralização do poder político que sucedeu a fragmentação característica do feudalismo foi decisiva para a expansão comercial e marítima que resultou na abertura de novas rotas comerciais para o Oriente e na descoberta do Novo Mundo.
e) A teoria do direito divino dos reis, um dos pontos de sustentação do absolutismo, teve em Maquiavel seu mais celebrado autor.




























”O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.”
Maquiavel

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