Indicação de filme: 1492 a conquista do paraíso;
Episódio do Chapolin sobre o tema:
parte 1
Parte 2
Parte 3
1 - (Fuvest) “Para o conjunto da
economia europeia, no século XVI, caracterizada pela produção em crescimento e
pelo aumento das transações mercantis, ao lado de um novo crescimento de sua
população, o efeito mais importante dos grandes descobrimentos foi a alta geral
dos preços...”
O efeito a que o texto se refere foi
provocado:
a) pelo grande afluxo de metais
preciosos.
b) pela ampliação da área de produção
agrícola.
c) pela redução do consumo de produtos
manufaturados.
d) pela descoberta de novas rotas
comerciais no Oriente.
e) pelo deslocamento do eixo comercial
para o mediterrâneo.
2 - Para se compreender historicamente o
contexto em que se iniciou as práticas de navegações europeias que resultaram
no que ficou conhecido como as Grandes Navegações, o autor do texto Grandes
Navegações diz que é necessário fazer a associação entre algumas situações
históricas. Indique qual das alternativas abaixo está correta.
a) renascimento cultural, fortalecimento
dos senhores feudais e formação dos Estados Nacionais.
b) reavivamento comercial da Baixa Idade
Média, formação dos Estados Nacionais e ascensão da burguesia.
c)
reavivamento comercial da Baixa Idade Média, formação dos Estados
Nacionais e ascensão da nobreza.
d) controle dos mercados marítimos pelos
árabes, formação dos Estados Nacionais e ascensão da burguesia.
3 - (Unicamp - adaptado) Contestando o
Tratado de Tordesilhas, o rei da França, Francisco I, declarou em 1540:
“Gostaria de ver o testamento de Adão
para saber de que forma este dividira o mundo”. (Citado por Cláudio Vicentino, História
Geral, 1991.)
A partir da reflexão provocada pelo
fragmento de texto acima, assinale a alternativa que apresenta corretamente o que
foi o Tratado de Tordesilhas:
a) União política e econômica de Portugal
e Espanha no processo de colonização da América;
b) União entre as recentes Monarquias Nacionais
com o intuito de minimizar a exploração das regiões recém descobertas da América;
c) Divisão estratégica entre Portugal e Espanha,
apoiada pela Igreja Católica, para monopolizar a colonização nas terras
invadidas por Portugal e Espanha;
d) Regulamentação do processo de colonização
por povoamento dos territórios africanos e da América;
e) Exploração dos povos nativos por
parte de portugueses e espanhóis durante o processo da União Ibérica.
4 - (PUC-MG) O expansionismo marítimo
europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica “Revolução Comercial”,
caracterizada por, EXCETO:
a) incorporação de áreas do continente
americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis
atlânticas, como Portugal e Espanha.
c) afluxo de metais preciosos da América
para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias.
d) deslocamento parcial do eixo
econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
e) perda do monopólio do comércio de
especiarias por parte dos italianos.
5 - Na época das Grandes Navegações o
Planeta Terra era um infinito em desconhecimento. Havia crenças na existência
de monstros marinhos, de histórias narrando que na altura da linha do Equador
os navios se incendiariam, e ainda de que a Terra era achatada – as pessoas
acreditavam que ao se afastarem muito do litoral cairiam num abismo sem fim. (https://blogdoenem.com.br/grandes-navegacoes-historia-enem/
- adaptado)
Veja na charge de Rogério Soud, 2011.
Você deve estar se perguntando: – Como
foi afinal que os europeus acabaram se aventurando tanto, apesar de todos os
perigos pelos quais iriam passar? Pois bem, essas expedições realizaram-se
devido a vários motivos. Assinale a alternativa que não corresponde aos motivos
que levaram os europeus a iniciarem o processo de expansão:
a) a busca por metais preciosos;
b) a busco por novos caminhos para o
Oriente;
c) busca por enriquecimento e fortalecimento
dos Estados Nacionais;
d) respeito e admiração pelas culturas orientais;
e) divulgar o catolicismo e evangelizar
povos de outros continentes.
6 - (Upf 2016) Luís Vaz de Camões, um
dos maiores nomes do Renascimento Cultural português, imortalizou, em sua
principal obra, a viagem de Vasco da Gama às Índias.
“Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteo são cortadas.”
(CAMÕES. Os Lusíadas. Verso 19)
Assinale a alternativa que apresenta
corretamente elementos relativos à participação de Portugal na expansão
marítima europeia nos séculos XV e XVI.
a) O total apoio da Igreja Católica,
desde a aclamação do primeiro rei português, visando à expansão econômica e
religiosa que a expansão marítima iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão
marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século XV;
para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, trazia cargos e pensões;
e, para a Igreja Católica, representava maior cristianização dos "povos
bárbaros".
c) O pioneirismo português se deveu mais
ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores
próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal.
d) A expansão marítima, embora contasse
com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos
proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram
perdulários.
e) A burguesia, ao liderar a
arraia-miúda na Revolução de Avis, conseguiu manter a independência de
Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na
expansão.
7 - (Puccamp 2016) Para responder à
questão a seguir, considere o texto abaixo.
(...) os mitos e o imaginário fantástico
medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia
durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito
considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o
Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu
quatrocentista”. (VILARDAGA,
José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas
portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197)
O imaginário que povoou as crenças dos
viajantes no contexto da expansão marítima europeia pressupunha a
a) presença de perigos mortais advindos
de forças sobrenaturais no então denominado Mar Sangrento ou Vermelho em função
do número de tragédias que ocorriam durante sua travessia.
b) certeza de que o chamado Mar Oceano
se conectava ao Pacífico, por meio de uma passagem que posteriormente seria
nomeada como Estreito de Gibraltar.
c) existência de monstros marinhos,
ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como era
conhecido o Atlântico.
d) dúvida em relação à possibilidade de
circunavegação da terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no
final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua busca de uma rota para as
Índias.
e) necessidade de que em toda expedição
houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam qualquer
ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, causadas pela
falta de higiene.
8 - (Uemg 2010) Observe o mapa, a
seguir:
Esse mapa-múndi, produzido em 1512 pelo
veneziano Jerônimo Marini, é a primeira carta onde aparece o nome Brasil para
designar as terras até então conhecidas como Vera Cruz, Santa Cruz, ou
Papagaios. Desenhado em pergaminho, é um dos poucos mapas manuscritos do início
do século XVI, hoje existentes.
Considerando o mapa apresentado e o
contexto político, econômico e cultural em que foi produzido, assinale, a
seguir, a alternativa CORRETA:
a) O mapa apresenta uma visão de mundo
veneziana orientada pelo sul, com possíveis influências árabes, valorizando a
Ásia que atraía os europeus em função de suas especiarias.
b) O mapa foi produzido a pedido dos
portugueses, pois estes tinham pouco conhecimento do mar, diferentemente dos
venezianos, que já haviam iniciado seu processo de expansão.
c) O mapa tem a África como centro, já
que, nesta época, os europeus passaram a conhecer melhor civilizações
africanas, como a egípcia, a ashanti e a zulu, e passaram a valorizar mais o
continente.
d) A representação geográfica em questão
é um famoso erro histórico, no qual Marini, como grande renascentista, quis
inverter o mapa, buscando demonstrar a relatividade da ciência.
9 - (Fgv 2009) Leia atentamente o poema
O Infante, do poeta português Fernando Pessoa.
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse,
Sagrou-te e foste desvendando a espuma.
E a orla branca foi, de ilha em
continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou, criou-te português,
Do mar por nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
O poema permite pensar sobre dois
relevantes acontecimentos históricos, que são, respectivamente:
a) O protagonismo marítimo lusitano nos
séculos XV e XVI e a redução do seu império colonial no século XIX.
b) A descoberta do Brasil em 1500 e a
perda de territórios no Nordeste e na África com a invasão holandesa no século
XVII.
c) A formação do Condado Portucalense,
em 1142 e a União Ibérica (1580-1640), período de extinção do império
português.
d) A elaboração da ideia do Quinto
Império Bíblico, relacionado ao destino de Portugal e, depois, o fortalecimento
dos partidos socialistas que tomaram o poder em 1910.
e) A invasão de Portugal por tropas
napoleônicas em 1808, comandadas pelo general Junot, e a vinda da família real
portuguesa para a América, no mesmo ano.
10 - (Ufg 2008) Leia o texto: “Colombo
fala dos homens que vê unicamente porque estes, afinal, também fazem parte da
paisagem. Suas menções aos habitantes das ilhas aparecem sempre no meio de
anotações sobre a Natureza, em algum lugar entre os pássaros e as árvores”.
(TODOROV,
Tzvetan. "A conquista da América: a questão do outro". São Paulo:
Martins Fontes, 1993. p. 33.)
A passagem acima ressalta que a atitude
de Colombo decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição, expressa nas
crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
a) interpretação positiva do outro,
associando-a à preservação da Natureza.
b) identificação com o outro, possibilitando
uma atitude de reconhecimento e inclusão.
c) universalização dos valores
ocidentais, hierarquizando as formas de relação com o outro.
d) compreensão do universo de
significações do outro, permitindo suas manifestações religiosas.
e) desnaturalização da cultura do outro,
valorizando seu código linguístico.
11 - (UFMG 2011 – adaptado) Leia este trecho: “Este fluxo de prata é
despejado em um país protecionista, barricado de alfândegas. Nada sai ou entra
em Espanha sem o consentimento de um governo desconfiado, tenaz em vigiar as
entradas e as saídas de metais preciosos. Em princípio, a enorme fortuna
americana vem, portanto, terminar num vaso fechado. Mas o fecho não é perfeito
[...] Ou dir-se-ia tão comumente que os Reinos de Espanha são as “Índias dos
outros Reinos Estrangeiros”. (BRAUDEL, Fernand. O
Mediterrâneo e o mundo mediterrânico à época de Felipe II. Lisboa: Martins
Fontes, 1983-1984, v.1, p. 523-527).
Com base no texto e nos seis estudos referentes ao processo da política
econômica mercantil, assinale a alternativa que corresponda corretamente a uma
prática do mercantilismo:
a) Acúmulo de metais preciosos;
b) Balança comercial favorável;
c) Pacto colonial;
d) Diversidade cultural;
e) Busca por especiarias.
Explicação e resolução dos exercícios
Explicação e resolução dos exercícios
“Um navegador que teme perder a margem
de vista jamais conquistará sequer uma ilha.”
CRISTOVÃO COLOMBO
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