Os temas das questões abaixo são: Expansão colonial portuguesa na América:
- Características gerais da economia colonial no Brasil;
- Visão europeia sobre a cultura indígena;
- Capitanias hereditárias;
- Período pré-colonial;
- Invasão holandesa no Brasil;
- Expansão da pecuária no Sul
No link abaixo tem os slides e a explicação do conteúdo para resolução das questões.
ao final da atividade tem o vídeo com as explicações de cada questão!
https://artigosdehistoria.blogspot.com/2020/05/sistema-e-economia-colonial-parte-1.html
Bons estudos!
1 - (UEL-PR) – “Como não se tratava de
regiões aptas para a produção de gêneros tropicais de grande valor comercial,
como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para conseguir povoadores (…) a
recorrer às camadas pobres ou médias da população portuguesa e conceder grandes
vantagens aos colonos que aceitavam irem-se estabelecer lá. O custo do
transporte será fornecido pelo Estado, a instalação dos colonos é cercada de toda
a sorte de providências destinadas a facilitar e garantir a subsistência dos
povoadores; as terras a serem ocupadas são previamente demarcadas em pequenas
parcelas, (…) fornecem-se gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários
(instrumentos de trabalho, sementes, animais, etc)”. (Prado Júnior, C. História
econômica do Brasil. 27 ed. S. Paulo: Brasiliense, 1982. p. 95-6)
Com base no texto, é possível afirmar
que o autor se refere:
a) à colonização do sertão nordestino
através da pecuária.
b) à ocupação da Amazônia através das
drogas do sertão.
c) à expansão para o interior paulista
pelas entradas e bandeiras.
d) à colonização do Sul através da
pecuária.
e) ao povoamento das Capitanias
Hereditárias.
2 - (FGV) – Quais as características
dominantes da economia colonial brasileira?
a) propriedade latifundiária, trabalho
indígena e produção monocultura;
b) propriedades diversificadas,
exportação de matérias-primas e trabalho servil;
c) monopólio comercial, latifúndio e
trabalho escravo de índios e negros;
d) pequenas vilas mercantis, monocultura
de exportação e trabalho servil;
e) propriedade minifundiária, colônias
agrícolas e trabalho escravo.
3 - (UFMG) – Leia o texto:
“A língua de que [os índios] usam, toda
pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas
não de maneira que se deixem de entender. (…) Carece de três letras, convém a
saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim
não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (…).” (GANDAVO, Pero de Magalhães, História
da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que
todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura
indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura
indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas
se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e
colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era
caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da
costa marítima eram homogêneos.
4 - (Unaerp-SP) – Em 1534, o governo
português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da
colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso
território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do
Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e
câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição de sesmarias.
5 - (Cesgranrio) O início da colonização
portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500-1530),
foi marcado pelo(a):
a) envio de expedições exploratórias do
litoral e pelo escambo do pau-brasil;
b) plantio e exploração do pau-brasil,
associado ao tráfico africano.
c) deslocamento, para a América, da
estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente;
d) fixação de grupos missionários de
várias ordens religiosas para catequizar os indígenas;
e) implantação da lavoura canavieira,
apoiada em capitais holandeses.
6 – (BrasilEscola) "Apesar dos
exageros e incorreções, a Lettera de Américo Vespúcio para Piero Soderini com
certeza continha várias passagens verídicas. Uma delas é o trecho no qual,
referindo-se à sua primeira viagem ao Brasil, realizada entre maio de 1501 e
julho de 1502, Vespúcio afirma: 'Nessa costa não vimos coisa de proveito,
exceto uma infinidade de árvores de pau-brasil (...) e já tendo estado na
viagem bem dez meses, e visto que nessa terra não encontrávamos coisa de metal
algum, acordamos despedirmo-nos dela.' Deve ter sido exatamente esse o teor do
relatório que Vespúcio entregou para o rei D. Manoel, em julho de 1502, logo
após desembarcar em Lisboa, ao final de sua primeira viagem sob bandeira
portuguesa. O diagnóstico de Vespúcio selou o destino do Brasil pelas duas
décadas seguintes. Afinal, no mesmo instante em que era informado pelo
florentino da inexistência de metais e de especiarias no território descoberto
por Cabral, D. Manoel concentrava todos os seus esforços na busca pelas
extraordinárias riquezas do Oriente”. (BUENO, Eduardo. Náufragos,traficantes e
degredados: as primeiras expedições ao Brasil. Rio de Janeiro: Editora
Objetiva, 1998, p. 65.)
A descoberta do Brasil não alterou os
rumos da expansão portuguesa voltada prioritariamente para o Oriente, o que
explica as características dos primeiros anos da colonização brasileira, entre
as quais se inclui o (a):
a) caráter militar da ocupação, visando
à defesa das rotas atlânticas;
b) escambo com os indígenas, garantindo
o baixo custo da exploração;
c) abertura das atividades extrativas da
colônia a comerciantes das outras potências europeias;
d) migração imediata de expressivos
contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território;
e) exploração sistemática do interior do
continente em busca de metais preciosos.
7 - (USS) Assinale a alternativa correta
a respeito do período pré-colonial brasileiro:
a) A cordialidade inicial entre europeus
e índios deveu-se ao fato de que o objetivo catequético superava os fins
materiais da expansão marítima.
b) O trabalho intenso de Anchieta e
Nóbrega na catequese dos índios tinha o objetivo de impedir a escravização do
gentio.
c) A ocupação temporária europeia, por
meio de feitorias, deveu-se à inexistência de organização social produtora de
excedentes negociáveis.
d) A cordialidade dos indígenas
contrastava com a hostilidade europeia dos portugueses, cujo objetivo metalista
conduzia sempre à prática da violência.
e) Os franceses não reconheciam o
domínio português, tanto que chegaram a se estabelecer no Rio de Janeiro e no
Maranhão.
8 – (Brasilescola) "De começo, e
fosse qual fosse, após a exploração cabralina, a importância dos conhecimentos
geográficos sobre o Brasil, o interesse de D. Manuel pelos seus novos
territórios da América foi, ao que parece, mais de ordem estratégica que
econômica." (CORTESÃO,
Jaime. Os descobrimentos portugueses, p. 1086, citado em MORAES, Antonio Carlos
Robert. Bases da formação territorial do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 2000, p.
174.)
Segundo o historiador português, Jaime
Cortesão, no início do século XVI, a importância econômica dada à América pelo
Estado português foi de ordem estratégica. Isto, porque:
a) apesar de terem sido encontrados
imediatamente metais preciosos no território, os portugueses não tinham maior
interesse neles;
b) as comunidades indígenas do litoral
sul da América eram hostis a qualquer contato com os portugueses, o que impediu
o desenvolvimento de atividades econômicas na região;
c) a extensão do litoral e o clima
tropical impediam o desenvolvimento de atividades econômicas que permitissem a
produção de bens valorizados na Europa;
d) o interesse português estava voltado
para o Oriente, e o controle do litoral sul da América deveria garantir,
fundamentalmente, o monopólio da navegação da rota do Cabo;
e) a instalação de feitorias que
estimulassem o plantio, pelas comunidades indígenas, do pau-brasil, produto
valorizado no mercado europeu e, por isso, gerador de lucros para o Estado
português.
9 - (Fuvest-SP) “A sociedade colonial
brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e
hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da
diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções
essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de
indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de
fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos
ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de
nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O
gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que
permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem
aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente
dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas
na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a diferenciação clássica e medieval
entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o
Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da
sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na
sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão,
completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em
pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo
de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e
condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a
distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade
diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou
em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos
XVI e XVII.
10 - (Mackenzie) “Enquanto os
portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia
encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do
ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os
indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e
dançando (…)” (Náufragos Degredados e Traficantes - Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e
índios era preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou a
cultura indígena no decurso da catequese.
b) até o início da colonização quando o
índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito
como sendo selvagem, indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram
somente o africano na atividade produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História
Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como
"o bom selvagem e forte colaborador da colonização".
e) sobretudo pelo governo colonial, que
tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão.
11 - (Uff) A "Carta de Pero Vaz de
Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores
da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura
renascentista, dentre os quais se destaca:
a) a visão do índio como pertencente ao
universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos
desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos
trópicos uma civilização católica e moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como
uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem
do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem,
característica do século XV;
e) a consideração da natureza e do homem
como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.
12 - (UEPR) Leia o texto:
"Nassau chegou em 1637 e partiu
em 1644, deixando a marca do administrador. Seu período é o mais brilhante de
presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi relativamente
tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto, como
também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os
católicos, nem com os judeus — fato estranhável, pois a Companhia das Índias
contava muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes). Pensou no
povo, dando-lhe diversões, melhorando as condições do porto e do núcleo urbano
(...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios
astronômicos." (Francisco lglésias)
Esse texto se refere:
a) à chegada e à instalação dos
puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de liberdade religiosa.
b) à invasão holandesa no Brasil, no
período de União Ibérica e à fundação da Nova Holanda no Nordeste açucareiro.
c) às invasões francesas no litoral
fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro.
d) ao domínio flamenco nas Antilhas e à
criação de uma sociedade moderna, influenciada pelo Renascimento.
e) ao estabelecimento dos sefardins,
expulsos na Guerra de Reconquista Ibérica, nos Países Baixos e à fundação da
Companhia das Índias Ocidentais.
“Não permita Deus nosso Senhor que, onde
eu não posso ajudar, venha a prejudicar a alguém”.
Santo Inácio de Loyola
Nenhum comentário:
Postar um comentário